A ausência de defesa em um processo de busca e apreensão de veículos pode gerar diversas consequências negativas para o proprietário do bem.

     Primeiramente, ao não se manifestar ou se defender no processo, abre-se uma margem para que a decisão judicial seja proferida a favor do banco com os pedidos mesmo que absurdos, que ele fez dentro do processo além da apreensão do veículo.

     Além disso, a falta de defesa impede que o devedor apresente possíveis argumentos que possam justificar a manutenção do veículo em seu poder, como, por exemplo, a existência de vícios no contrato ou situações excepcionais que possam ter impedido o cumprimento das obrigações.

     Sem uma argumentação formal, a chance de revisão do pedido de busca e apreensão diminui consideravelmente.

     Outra consequência importante é o aumento do risco de perdas financeiras. O veículo apreendido pode ser leiloado, e o proprietário pode não conseguir recuperar o valor integral do bem. Além disso, mesmo leiloando o veículo, a dívida não será quitada e este processo se transforma em uma Execução de Título Extrajudicial, que, a partir daí, começa o bloqueio de contas bancárias, penhora de bens móveis e imóveis, além de sofrer danos ao seu histórico de crédito, o que dificulta a obtenção de financiamentos no futuro.

     Ademais, a falta de defesa pode ser interpretada como uma aceitação tácita da dívida e da legalidade do procedimento, o que pode ser utilizado contra o devedor em instâncias posteriores.

     Portanto, a ausência de uma atuação jurídica em um processo de busca e apreensão coloca o proprietário do veículo em uma posição de vulnerabilidade, comprometendo seus direitos e bens.

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